REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
O governador Jaques Wagner considerou muito estranha a polêmica em torno do rompimento do contrato da concessionária paulista TWB com o Estado, que já está decidida. A TWB, que explora o ferryboat desde 2005 e assinou contrato em março de 2006, é acusada de praticar uma série de irregularidades desde que chegou à Bahia.
Wagner, que há três semanas tinha revelado que já tinha dado o ”xeque-mate” na TWB, confessou ontem a jornalistas:
“Esse é um assunto resolvido. Recentemente eu recebi o presidente da TWB (Pinto dos Santos) e disse que poderíamos resolver isso amigavelmente. O Estado não está numa situação confortável e tem o direito de romper o contrato. Esta não é a primeira nem será última vez que se muda uma empresa. Eu não sei porque a polêmica em torno disso”, sustentou o governador.
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A polêmica ganhou corpo com a reunião, na última quarta-feira, numa reunião convocada pela Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa.
Lá estavam Eduardo Pessoa, diretor-executivo da Agerba, e Pinto dos Santos, dono da TWB. Pessoa abriu o verbo e contou tudo sobre os desmandos praticados pela TWB e decretou o fim do diálogo com a concessionária. Deu a TWB como fora do sistema ferryboat e chegou a chamar o dono da concessionária de mentiroso.
Alguns deputados, inclusive do PT de Jaques Wagner, como Rosemberg Pinto, e outros da base aliada, como Luiz Augusto e Sandro Régis, saíram em defesa da TWB, contrariando todo o resultado do trabalho feito pela Seinfra, Agerba, Ministério Público e Auditoria Geral do Estado, que comprovou que a empresa paulista não reunia a menor condição para continuar à frente do ferryboat, sob pena de levar o serviço a um colapso.
Sabe-se que o governador não gostou quando soube da posição de Rosemberg Pinto.