Salvador – O assaltante José Carlos Luz Santos, o “Quinho” ou “Carlinhos”, integrante de uma quadrilha desarticulada pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Jequié, no final de agosto, na região sudoeste do estado, está recolhido, desde quarta-feira (12), no presídio local, à disposição da Justiça Criminal, juntamente com os comparsas Michel Xavier Paixão, Lucas Matos de Almeida e Jonatan Caíque Ferreira Correia, o “Xau”. Já Carlos Henrique Alves de Jesus, o “Neném do Ceará”, se encontra custodiado no Complexo Policial de Petrolina, em Pernambuco.
Responsável por diversos latrocínios na zona rural de Jequié, o bando torturou e assassinou, em 26 de agosto, com seis tiros, o policial militar Jurandy Oliveira dos Santos, depois de assaltar três bares no povoado do Rio Preto, distrito de Florestal. Bolsas, carteiras, dinheiro, cartões de créditos, aparelhos celulares, relógios de pulso e um veículo Ford Fiesta, de cor prata, placa JRL8460, foram subtraídos pelos ladrões, alguns deles reconhecidos posteriormente por 13 vítimas ouvidas na DRFR/Jequié.
No dia seguinte ao latrocínio do PM, um componente da quadrilha de prenome Iago foi encontrado morto, crime cuja autoria ainda é desconhecida. Outros quatro ladrões, identificados pelos prenomes de Damião, Caíque, Émerson e Renato, entraram em confronto com policiais militares e morreram em 28 de agosto. Eles tinham passagens pela polícia e as armas apreendidas com eles seguiram para perícia.
Com prisão preventiva decretada pela Justiça, Quinho esteve no Fórum de Jequié, na quarta-feira (12), acompanho de um advogado. Dali, ele foi encaminhado à DRFR, cuja delegada titular Grazielle Quaresma Pereira o indiciou por latrocínio e formação de quadrilha. Michel, Lucas, Xau e Nenem do Ceará já tinham sido indiciados pelos mesmos crimes.
As investigações indicam que Quinho está envolvido em outros roubos na região, tendo a equipe da DRFR apreendido em sua residência um televisor LCD de 32 polegadas e um conjunto de som com caixas acústicas. Os equipamentos pertenciam a uma moradora local, que teve o imóvel invadido pelo criminoso. Ele também participou do roubo de uma loja de pré-moldados, de onde subtraiu, em companhia de um parceiro, a quantia de R$ 7 mil.
Segundo apuraram os investigadores, o bando frequentava uma localidade conhecida por Bar da Piscina, participava de cavalgadas e praticou outros três roubos no mês de agosto. Suas vitimas preferenciais eram idosos e proprietários de bares da região e os ladrões, que agiam sempre bem armados, utilizavam blusões com capuz para dificultar a identificação.