AGÊNCIA ANSA
Quito – O presidente do Equador, Rafael Correa, insistiu que seu país busca garantias de um processo justo para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
“Queremos garantir um processo justo e o direito à vida ao senhor Assange, mas há indícios claros e graves de perseguição política”, declarou, durante uma entrevista ao canal GamaTV. Correa disse ainda que a resolução do caso “poderá ser amanhã, daqui meses ou anos”.
Nesse sentido, o presidente equatoriano indicou que a forma para resolvê-lo depende da “garantia de não extraditar Assange a um terceiro país para que ele possa responder à Justiça sueca; ou que o procurador da Suécia aceite interrogá-lo na embaixada do Equador em Londres, ou ainda que a Inglaterra outorgue o salvo-conduto para que o australiano possa deixar o local de forma segura”.
Durante a entrevista, Correa reproduziu declarações de Assange, que, após a concessão de asilo político, disse estar “sob perseguição política nos Estados Unidos e seus aliados, o que é um feito reconhecido”.
Correa também criticou a Suécia, a qual, apesar de “ter registrado avanços importantes nos anos 1970, mudou de forma muito triste”.
O Equador concedeu asilo diplomático a Assange no dia 16 de agosto. O australiano, porém, permanece na sede diplomática do país em Londres após o governo britânico negar o salvo-conduto para o criador do WikiLeaks.