O dono da TWB, Pinto dos Santos, declarou guerra ao Governo do Estado. Ontem à noite, ao participar de uma assembleia promovida por sindicatos para discutir a situação dos funcionários de sua empresa, preste a perder o contrato de concessão com o Estado, Pinto desabafou ao declarar que não vai sair da Bahia e que o governo lhe deve muito.
“Vocês podem ficar tranquilos. Parte do governo me persegue mas tem outra que quer a TWB aqui no ferryboat. Com certeza a Justiça não vai aceitar o rompimento do contrato”, sustentou.
Sem considerar os enormes prejuízos que deu ao Estado, através do sucateamento das embarcações e do superfaturamento dos navios “Ivete Sangalo” e “Anna Nery”, fraude denunciadas pelo Ministério Público da Bahia com base na auditoria feita pela Fipecafi na TWB, Pinto disse que o Estado é quem lhe deve.
“O Estado terá que me pagar R$ 170 milhões e o governador Jaques Wagner sabe disso. Tem gente do governo que é contra a TWB, mas a maioria me apoia”, declarou Pinto, segundo relatos de alguns funcionários da TWB que participaram da reunião.
Wagner deu o ”xeque-mate” – Quem primeiro anunciou de forma clara que a TWB vai sair da Bahia foi o governador Jaques Wagner.
“Demos o xeque-mate neles (TWB). Vem outra operadora para assumir em caráter emergencial e depois o Estado vai preparar uma nova licitação para escolher a empresa que vai ficar no siste”, assegurou Wagner.
Enquanto isso, a Procuradoria Geral do Estado deve se pronunciar ainda esta semana sobre a caducidade do contrato da TWB. Não existe nenhuma dúvida de que o rompimento do contrato é fato consumado. A TWB não respondeu sobre as irregularidades praticadas no sistema ferryboat e partiu para cima do governo, classificando o relatória da Agerba/Fipecafi de “maroto”.
Pinto partiu agora para atacar o governo. Nos meios de comunicação, teve até editorial em jornal com pesadas críticas ao diretor da Agerba, Eduardo Pessoa, acusado pelo mandatário da TWB de perseguir a empresa das três letrinhas, de péssimos serviços prestados aos baianos. Setores da imprensa favoráveis à TWB parecem terem ”esquecido” as mazelas praticadas pela companhia paulista contra a população da Bahia.
Mas não é o JORNAL DA MÍDIA que vai defender a Agerba. A agência, em vez de partir para se antecipar aos fatos e pensar na frente desde que foi publicada a primeira ameaça contra o diretor da Agerba, se recolheu e sua assessoria de comunicação não fala a mesma língua do diretor executivo. Tinha que reagir nem que fosse através de matéria paga.
Isto virou motivo de chacota no meio jornalístico. Os marqueteiros da Agerba insistem em divulgar as multas aplicadas à TWB, como se isso fosse resolver alguma coisa no meio do tiroteio. A ”briga” tem outro alcance e objetivos e é incrível como a agência de regulação, amadora, não não consegue enxergar.
A direção da Agerba perdeu o time e a noção do start. Precisa passar a agência de regulação por um upgrade em vários setores. Precisa se profissionalizar. Se Pessoa não chutar de vez a ingerência política que sofre, vai acabar se dando muito mal. Pinto está na área, já mostrou do que é capaz. Dinheiro para investir no ferryboat não tem. Mas sobra para outras coisas…
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