REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Apesar de o secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, ter afirmado que existem três empresas já contactadas pelo governo, através da Agerba, para assumir o lugar da TWB nas operações do sistema ferryboat, somente uma delas preencheu todos os requisitos exigidos.
Na última quarta-feira o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, viajou em companhia de seu chefe de gabinete, Samir Abud, para um encontro com os dirigentes da empresa acertada, ultimando os detalhes visando a transição, que está para ser implantada.
Nos próximos dias a Procuradoria Geral do Estado deve divulgar o seu parecer propondo a caducidade do contrato da TWB. Logo após, o governador Jaques Wagner assinará o ato. Independente das questões jurídicas, o caixão da TWB já foi fechado faz tempo. Não existe mais retorno.
Ontem a TWB foi mais uma vez derrotada em sua tentativa desesperada de impedir o rompimento do contrato que ela tem com o Estado, de 25 anos. Tinha entrado com um pedido de mandado de segurança no Tribunal de Justiça. A desembargadora Heloísa Graddi negou. Como foi dito aqui, o governo só espera a PGE apresentar seu parecer. Mas o rompimento é fato consumado.
Quem é que vem? – O secretário Otto Alencar está tranquilo, mas o diretor da Agerba, Eduardo Pessoa, saiu do sério ao rebater as críticas da TWB, feitas pelo diretor Jayme Rangel, ao relatório da auditoria da Fipecafi, que lastreou a agência de regulação na abertura do processo de caducidade do contrato da concessionária.
Cafajeste, moleque e mentiroso foram apenas alguns dos adjetivos usados por Pessoa para classificar o diretor da TWB, que por sinal passou pela Agerba como assessor da diretoria executiva. Pelas expressões que utilizou, Pessoa parece conhecer a maneira de atuar do seu desafeto, acusado de perseguir e até demitir funcionários da Agerba no pleno exercício dos seus direitos de trabalhador, de agente do Estado.
O secretário Otto Alencar se nega a divulgar os nomes das três empresas contactadas para assumir o ferryboat. Mas garante que uma delas tem ramificações na Bahia. Esta, no caso, segundo apurou o JORNAL DA MÍDIA, é uma agência de navegação com sede em Salvador e com filial no Rio de Janeiro.
Mas tudo indica que a escolha vai ser por outra, que tem tradição em transporta marítimo. Esta não é da Bahia. Na verdade, as operações do sistema ferryboat não são nenhum bicho de sete cabeça. O que é preciso é conhecimento da área naval em transporte marítimo e pessoal especializado em gerenciamento nessas áreas. A TWB fracassou na Bahia por desorganização total e porque não estava mesmo a fim de fazer manutenção nos navios. Sempre ficou claro que o negócio da empresa sempre foi fazer navios para ela vender ao governo.
Com direito a superfaturamento, inclusive, como denuncia agora o Ministério Público da Bahia. Além disso, a TWB despencou de vez quando perdeu prestígio nos gabinetes governamentais, onde usava e abusava do tráfico de influência. Os ”acionistas” se afastaram. A TWB virou cachorro morto. Isso aí foi fundamental para o governo desarmar o circo da empresa das três letrinhas e fazer a casa da TWB cair. Desabou, acabou.
Agora, a nossa gloriosa imprensa da Bahia, que sabia de tudo mas sempre ficava na sua, na moita, precisa acabar com essa pressão em cima da Agerba e do governo, pedindo pressa para tirar logo a TWB. Vamos ter calma. Tudo está sendo bem conduzido. O governo não pode falhar porque a situação do ferryboat é caótica. A empresa que assumir o sistema vai ter muito trabalho devido ao caos instalado. Já se esperou seis anos, com a população sendo humilhada nos terminais, por que não se aguardar mais uma semana? Que pressa dos perdigueiros para enterrar o defunto!!!
- Diretor da Agerba chama diretor da TWB de ”cafajeste, moleque e mentiroso”.
- Escândalo da TWB deixa agora a imprensa ouriçada: a mídia toda pede pressa ao governo…
- TWB ignora ”xeque-mate” de Wagner e protocola defesa na Agerba
- Depois de 6 anos de sucateamento, Wagner decide dar xeque-mate na TWB
- Wagner anuncia saída da TWB da Bahia; Nova empresa assume em breve.
- TWB fraudou o Estado com superfaturamento de dois ferries
- Governo fecha o ”caixão” da TWB e já escolheu empresa para o ferryboat
- Cancelamento do contrato da TWB com o Estado deve sair depois do dia 23