A greve nacional de professores das instituições federais completa três meses nesta sexta-feira (17). Mesmo com as negociações com o Ministério do Planejamento, 56 universidades e 40 institutos federais mantêm a paralisação sem data definida para terminar.
Os alunos esperam o calendário de reposição de aulas para recuperar o cronograma perdido, mas, para os estudantes estrangeiros que fazem intercâmbio no País, esta situação é um pouco mais complicada.
Este é o caso da estudante de arquitetura Gil Hardy. Ela veio do Canadá para o Brasil e começou um intercâmbio de um ano na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em julho de 2011.
— Quando a greve começou faltava entregar dois trabalhos finais. Não sabia o que fazer porque tínhamos poucas informações. A única coisa que eu sabia era que a paralisação não tinha data para terminar.
Gil então decidiu voltar para a sua cidade natal, Montreal, para passar um mês com a família e aguardar para descobrir o que aconteceria com seu intercâmbio.
— Quando estava no Canadá, recebi um e-mail dos professores informando que receberiam os trabalhos de alunos intercambistas. Eram seis dias para fazer um trabalho final. Consegui fazer alguns, mas outros não ficaram prontos no prazo estipulado. Tentei conversar com os professores, mas eles não aceitaram.(R7)