Com salas e quadras repletas de cadeiras vazias, começou na manhã de sábado (5) a série de Aulões de reforço para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para alunos do 3º ano da rede estadual. O projeto, promovido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), prevê um total de 384 aulas em 24 localidades, tanto em Salvador como em cidades do interior.
O atual subsecretário de Educação, o professor Aderbal de Castro, 53 anos, acompanhou de perto o primeiro dia dos aulões, no Colégio Estadual João Florêncio Gomes, na Ribeira. Mesmo em um auditório com cerca de 80 alunos, ele demonstrou otimismo: “Tivemos um bom número de inscritos e a expectativa é que na próxima semana isto melhore”, afirmou.
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Já na Pituba, no Colégio Estadual Rafael Serravalle, apenas 20 alunos compareceram. A expectativa nessa escola era de 450 estudantes. Antônio Moura, 62, presidente da Associação de Pais e Mães de Alunos da instituição (Amap), compareceu com outros pais para protestar.
“Mesmo com toda a propaganda do governo, só 66 alunos se inscreveram nesse aulão e não há mais que 20 na sala”, criticou. Em junho, quando anunciado, o projeto causou polêmica com os valores divulgados.
Em torno de R$ 1,5 milhão, conforme publicado no Diário Oficial do Estado, foram investidos nestes Aulões para o Enem, que está confirmado para 3 e 4 de novembro. O projeto foi montado com objetivo de atenuar os prejuízos causados pela greve dos professores na Bahia, que durou 115 dias e acabou anteontem. (Correio)