Salvador – Com a desistência do Ministério Público da Bahia e do Tribunal de Justiça de mediar as negociações entre os professores e o governo do Estado, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) pediu nesta terça-feira (31) ao Ministério Público do Trabalho para que o órgão faça o meio campo nos entendimentos com o governo.
A greve completou hoje 112 dias. É um recorde histórico na Bahia. E o governo não acena com a possibilidade de fazer qualquer nova proposta. Os professores estão sem receber salários há quatro meses e parece que o governo está apostando justamente na falta de dinheiro e nas necessidades dos docentes para fazer a greve acabar.
O coordenador geral da APLB, Rui Oliveira, informou que a solicitação dos professores ao Ministério Público do Trabalho foi recebida pela Procuradoria Regional e que o órgão está tentando manter um contato com o governo para que as negociações sejam retomadas.
Rui Oliveira informou que a categoria poderá elaborar uma nova proposta para ser apresentada ao governo durante as negociações com o Ministério Público do Trabalho. Ele também ressaltou que a proposta do governo estadual, feita através do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, não foi aceita pelos professores, pois a categoria não está de acordo com o conteúdo proposto. “Caso seja elaborada uma nova proposta pela categoria, ela deverá ser votada em uma nova assembleia que ainda não tem data definida”, observou Rui Oliveira.