Salvador – Os professores da rede estadual de ensino, que estão em greve há 96 dias, vão ter que desocupar as instalações da Assembleia Legislativa da Bahia. A ordem veio do presidente da Casa, Marcelo Nilo.
O presidente da APLB/Sindicato, Rui Oliveira, garantiu que em ”hipótese alguma” os professores vão deixar a Assembleia.
Comentários entre os professores e deputados da AL indicam que Marcelo Nilo teria recebido ”ordens superiores”, procedentes da Governadoria, para tirar os professores da Assembleia.
O procurador da AL, Graciliano Bonfim, deu entrada no pedido de reintegração de posse da AL no Tribunal de Justiça da Bahia, e quem vai julgar o mérito da ação é o desembargador Ruy Eduardo Brito, da 6ª Vara da Fazenda.
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A categoria tenta neste momento negociar com Nilo, mas parece que não consegurão êxito. O parlamentar está irredutível.
“Não posso deixar a casa do povo entregue a eles [professores]. Ninguém pode andar nos corredores, ninguém pode trabalhar”, sustenta o presidente da AL.
Os professores grevistas ocupam o prédio da Assembleia Legislativa desde o início da greve da categoria, dia 18 de abril. Marcelo Nilo afirmou que até quarta-feira (18), ”tudo bem”, eles vão poder ficar. Mas no dia seguinte quer o prédio desocupado.