No mesmo tom dos discursos feitos segunda-feira por sindicalistas na abertura do 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), manifestaram na terça-feira preocupação com a politização do julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de 2 de agosto.
Falcão foi além e afirmou que, se o julgamento for feito de acordo com o que consta nos autos do processo, não haverá base para condenação dos que estão sendo processados. Marco Maia e Falcão criticaram ainda a marcação do julgamento para o período de campanha eleitoral. Para o presidente do PT, os ministros poderiam ter julgado o caso no ano passado ou deixado para depois das eleições deste ano.
Marco Maia e Falcão criticaram ainda a marcação do julgamento para o período de campanha eleitoral. Para o presidente do PT, os ministros poderiam ter julgado o caso no ano passado ou deixado para depois das eleições deste ano.
— Minha expectativa é que os ministros do Supremo (Tribunal Federal) julguem segundo os autos. E julgando segundo os autos, não há base para condenação. Esse julgamento, não deveria… é claro que eles marcam quando quiserem, mas não tenho notícia de julgamentos de tamanha importância realizado em períodos eleitorais — afirmou Falcão. — Podia ter feito antes, no ano passado, ou depois das eleições, não há nenhuma prescrição (de crime) se for depois das eleições.
Indagado se via algum motivo para a definição da data, Falcão alfinetou:
— Acaba havendo uma judicialização da política e uma politização da Justiça. (Isabel Braga, O Globo)