REDAÇÃO DO
JORNAL DA MÍDIA
Salvador – O final da tarde de ontem (9) foi de confusão e muito tumulto no Terminal de São Joaquim e a polícia teve que ser convocada pela concessionária paulista TWB para ”acalmar” alguns usuários, revoltados com a situação cada vez mais caótica da travessia entre Salvador e Bom Despacho.
Operando com apenas duas ou três embarcações, a TWB queimou o horários que seria feito às 16 horas, obrigando que os usuários ficassem até três horas presos dentro do pátio de embarque de veículos.
Revoltados, as pessoas promoveram um buzinaço e começaram a bater nas grades, que por pouco não foram arrombadas. A situação só não se agravou porque por volta das 17h chegou uma viatura da Polícia Militar, que foi posicionamente exatamente à frente do portão de acesso de veículos aos navios.
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Os usuários gritavam palavrões contra a Agerba, contra a TWB e não pouparam o governador Jaques Wagner, que desde que assumiu o governo, em 2007, encontrou o sistema ferryboat com os mesmos problemas, mas sempre encontra uma maneira de proteger e poupar a TWB.
Para se ter uma ideia, há mais de um ano o vice-governador Otto Alencar, secretário de Infraestrutura, vem prometendo que os usuários iriam contar com sete embarcações. Passou o Verão todo com o sistema operando precariamente com no máximo quatro navios em tráfego, todos, é bom lembrar, em péssimo estado de conservação, já que não recebem manutenção da TWB.
Ontem só os navios Ivete Sangalo, o Maria Bethânia e o Pinheiro estavam em tráfego. O Pinheiro, em estado lastimável, está fazendo a travessia entre Salvador e a Ilha em 1 hora e meia. O Ivete Sangalo, que quando chegou em 2008 cumpria o percurso em 35 minutos, hoje leva uma hora.
“É um governo omisso, negligente para com uma situação tão grave, com a possibilidade cada vez maior de acontecer um acidente. E a revolta é maior quando o usuário não sente a presença do Ministério Público. Onde estão as ações que o MP diz que fez contra a TWB? Essa empresa é ridícula e irresponsável, mas mesmo assim o governo nada faz. Na certa está esperando que ocorra um quebra-quebra primeiro o que alguém morra dentro de um navio desses”, disse o usuário Carlos de Almeida Cintra, que estava no terminal ontem no meio do protesto.