Fabio Preccaro
Especial para o site da FPF
São Paulo – Muito diferente do primeiro tempo, os últimos 45 minutos do jogo entre Corinthians e Boca Juniors foi mais tranquilo. Desde o início, parecia que os torcedores presentes no Sambódromo do Anhembi já esperavam o melhor. Ao apito do juiz para o início da segunda etapa, os corintianos já entoavam cantos em um tom confiante e sem demonstrar receio.
Temido por muitos, o Boca Juniors não intimidou a fiel torcida que participou de todo o jogo. Cada falta a favor era comemorada, e cada infração contra era motivo de revolta, por mais na cara que o lance parecesse.
Pessoas ajoelhadas e gritando alto era o que mais se via, acompanhada da bateria da Gaviões da Fiel. Funcionários paravam para incentivar a equipe junto das ouras pessoas, como se toda a energia positiva provinda de seus pulmões chegassem a cada atleta do elenco corintiano.
O primeiro gol da partida, marcado por Emerson Sheik, fez com que o Sambódromo virasse uma panela de pipoca. Gente pulando de um lado para o outro e se abraçando. Amizades foram fáceis de fazer, já que todos partilhavam do mesmo desejo: o título continental. Mais fácil ainda era receber abraços de quem você nunca viu, ou imaginou que veria.
Essa foi mais uma prova de que o futebol une todos. Pobre, ricos, brancos, negros, brasileiros, estrangeiros. Todos juntos em um mesmo pensamento.
No começo da arrancada de Sheik para marca o segundo gol, a torcida gritava tão alto, como se suas vozes fossem combustível para o atacante, que só parou após comemorar o tento. Depois disso, era só esperar o apito do árbitro. Mas é claro que antes um dos jogadores que mais chamaram a atenção durante o torneio precisava trabalhar. Sem suar a camisa durante todo o jogo, Cássio fez grande defesa após cabeceio de Schiavi, que levou o público presente a gritar por seu nome durante um bom tempo!
Ao término da partida, emoção é o que não faltou. Torcedores chorando eram como gotículas de água em um oceano preto e branco. Esse foi o Corinthians sempre temido e respeitado. Essa foi a fiel que, mais uma vez deu show, mesmo longe do Pacaembu.