REDAÇÃO DO
JORNAL DA MÍDIA
Salvador – A van que transportava passageiros de Saubara para Salvador e que se envolveu no acidente que matou 10 pessoas, na manhã desta terça-feira (3), na BR-324, operava clandestinamente. Pelo menos é o que garantiu o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, em entrevista a uma emissora de rádio.
Pessoa afirmou que o veículo não possuía requisitos para circular e nem pertencia a frotas de vans do sistema complementar de transporte, já regulamentado pela Agerba em alguns municípios da Bahia.
A Agerba é o órgão do Estado responsável pela fiscalização do sistema de transporte intermunicipal.
Em setembro de 2011, conforme Eduardo Pessoa, o proprietário da van solicitou vistoria do veículo, negada pela agência, que não faz vistoria em veículos do sistema irregular de transporte. Estima-se que na Bahia existam pelo menos seis mil veículos fazendo transporte clandestino.
O número de acidentes envolvendo esses veículos é cada vez mais frequente. Apesar de já ter assinado convênios com as polícias rodoviárias Estadual e Federal para combater o transporte, a Agerba não tem conseguido bons resultados, já que a ação irregular se propaga em todas as regiões do Estado em larga escala.
“Nós só fazemos vistoria naqueles veículos cadastrados e autorizados, o que não era o caso dessa van. Eles precisavam apresentar um contrato de fretamento que comprovasse ligação de serviço de transporte para uma empresa ou uma prefeitura, mas eles não possuíam”, afirma.
O diretor acrescenta que veículos da Cootransul, cooperativa a que pertence a van, já foram apreendidos e autuados por realizar transporte de passageiros clandestinamente.
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