CLÁUDIO HUMBERTO
A criação do Exame de Proficiência em Medicina para exercício da profissão será tema de audiência pública em agosto, no Senado. Estarão presentes integrantes das Comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE) e de Assuntos Sociais (CAS), juntamente com profissionais da área de Saúde.
Proposta pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO), o objetivo da audiência, segundo ele, é saber a opinião destes profissionais em torno do assunto. “Em agosto eu tenho que ouvir todos os envolvidos (CRM, CRP) para saber a opinião deles sobre o assunto e saber também como será feito” disse.
Para ele, a proliferação das universidades de medicina tem gerado o baixo desempenho de profissionais da área, assim como no curso de direito. “O curso de medicina está sendo encontrado em cada esquina”, explicou. “Uma coisa é você ter um erro em economia, administração e outros cursos; outra é você ter um erro em medicina, que é muito sério”, completa. Confira a entrevista concedida com exclusividade nesta quinta-feira (28):
Qual o objetivo desta audiência?
Estou fazendo uma audiência para convocar o pessoal da área de saúde. Em agosto, eu tenho que ouvir todos os envolvidos (CRM, CRP…) na área de Saúde para saber a opinião deles sobre o assunto e saber também como será feito.
Por que da implantação deste exame? Será igual ao da OAB?
Este exame surgiu porque começaram a proliferar as universidades de medicina. Assim como o curso de direito, o curso de medicina está sendo encontrado em cada esquina. Sem contar que a pessoa vai para a faculdade com o intuito de sair de lá qualificado, paga uma nota e não sai qualificado. Desta forma, nós queremos fazer com que as faculdades melhorem seu curso e seu ensino.
O senhor acha que será bem aceito por integrantes da área de saúde?
Na verdade, a ideia surgiu dos profissionais de Saúde. Ninguém melhor que eles para sugerir isso. Uma coisa é você ter um erro em economia, administração e outros cursos; outra é você ter um erro em medicina, que é muito sério
Existe alguma barreira?
Mudou muito. Não há mais resistência como antes, ainda mais pelo fato dos profissionais da área terem sugerido. (Coluna de Cláudio Humberto)