LUÍS AUGUSTO GOMES
Mais um deputado do PSD, reservadamente, confirma a insatisfação na bancada com o tratamento que vem recebendo do governo do Estado. “O PR está negociando sua adesão ao governo e reivindica secretarias com apenas dois deputados. Nós somos 12 e não temos nada”, avalia.
O secretário da Infraestrutura e presidente regional do partido, vice-governador Otto Alencar, não é levado em conta por se tratar de nomeação anterior à formação do PSD, quando a “bancada” de Otto poderia ser resumida a Ângelo Coronel e Gildásio Penedo.
A questão, no entendimento do parlamentar, “começou lá atrás”, quando o partido, logo após a fundação, aceitou não envolver cargos nas conversas com o governo. Hoje, além de não ter posições estratégicas na máquina, carece do atendimento a suas demandas na administração em geral.
Otto é quem está segurando as pontas – “Não querermos cargos pelos empregos, mas pelo que permitirão trabalharmos pelos municípios que representamos”, afirma o deputado, que garante: “Está todo mundo amarrado em consideração a Otto, mas a situação incomoda”.
Essa atenção ao vice-governador resiste porque é através da Secretaria da Infraestrutura que a bancada tem alguma assistência. “Otto faz o que pode, mas o orçamento dele é limitado pelos próprios petistas, porque senão ele pode disparar”.
Trata-se de uma referência à vocação eleitoral reconhecida no vice-governador, que ele exerce naturalmente, ao contrário de outros. “Continua”, diz o deputado, “a mesma confusão de sempre para sermos atendidos por um secretário ou diretor. Já Otto recebe todo mundo, do PSD ou não”.
Em tempo – A fonte dividiu por dois a bancada do PR, que tem quatro deputados, porque somente Reinaldo Braga e Graça Pimenta ficariam com o governo em caso de adesão, enquanto Sandro Régis e Elmar Nascimento permaneceriam contra. (Por Escrito)