O ex-primeiro-ministro egípcio Ahmed Shafiq será o novo presidente do país. A vitória será anunciada oficialmente pelas autoridades no domingo, informou nesta sexta-feira o site do jornal do governo Al Ahram, citando fontes oficiais. Shafiq foi premiê do Egito durante o regime do ditador Hosni Mubarak.
Os dois candidatos reivindicam a vitória no segundo turno da eleição egípcia. Shafiq havia se declarado ganhador com 50,7% dos votos. Mohamed Mursi, candidato da Irmandade Muçulmana, também se declarou vitorioso.
Se confirmado o resultado, há o risco do aumento dos protestos da Irmandade Muçulmana, que já protesta contra o que considera “golpe de estado militar”. O Egito vive um caos político. Poucos dias antes do segundo turno do pleito presidencial, o tribunal superior egípcio anulou a formação do Parlamento – marcado pela presença predominante de partidos islâmicos. A decisão incluiu também anular a proibição da participação de Shafiq, que inicialmente teve sua candidatura barrada por ter feito parte do governo Mubarak.
O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) do Egito criticou mais cedo o anúncio de resultados não oficiais – até o momento, essa divulgação causou tensão nas ruas. À espera do novo presidente, o Egito encontra-se sem um Parlamento funcional e com uma concentração de poderes na Junta Militar, que assumiu o comando central no período de transição, após a renúncia de Mubarak – que foi condenado à prisão perpétua e se encontra em estado crítico de saúde. (Veja)