A Bahia não alcançou a meta de cobertura vacinal na campanha contra gripe. Até ontem, cerca de 1,6 milhão de pessoas tinham se imunizado em todo o Estado, o que corresponde a aproximadamente 75,29% do público alvo, formado por idosos, crianças, gestantes, profissionais de saúde e povos indígenas. A intenção era vacinar pelo menos 80% destes grupos.
A capital foi o município com o desempenho mais sofrível no que diz respeito à imunização de gestantes e idosos, alcançando pouco mais de 54% do público. Já entre os trabalhadores da área de saúde a cobertura foi bastante satisfatória, sendo superior a 93% e 70% de crianças com até 2 anos de vida, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
De acordo com a coordenadora do programa de imunização do Estado, Fátima Guirra, alguns fatores contribuíram negativamente para que a campanha tivesse baixa adesão.
“Infelizmente ainda nos deparamos com a resistência de algumas pessoas que têm um conceito equivocado com relação à vacina. Somado a isso tivemos ainda uma baixa divulgação da campanha e um curto espaço de tempo na mídia, sem falar que o início da vacinação coincidiu com o período de pico de vírus, quando muitas pessoas já apresentavam síndrome gripal e por isso não buscou a vacina”, afirma.
A coordenadora de imunização ressaltou ainda que não faltaram doses, agulhas ou seringas em nenhum posto de vacinação do Estado. “Tanto não faltou que, apesar da campanha ter encerrado, nós ainda estamos vacinando gratuitamente as pessoas que não se imunizaram no período”, disse.
Quem não tomou a dose deve se apressar, pois devido ao curto prazo de validade da medicação, a vacina não ficará disponível na rede pública durante todo o ano.(Catiane Magalhães, Tribuna)