Salvador – O presidente da APLB/Sindicato, Rui Oliveira, classificou de ”inexpressivo e insignificante” o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), que acusou a entidade de não mais representar os professores estaduais. Segundo Pinto, a greve dos professores estaria sendo comandada pelo PSOL e PSTU.
Rui Oliveira estava, segundo revelou, em uma reunião da diretoria da APLB, quando recebeu a ligação do JORNAL DA MÍDIA:
“Eu não tenho o que comentar sobre as declarações desse deputado. Ele é um inexpressivo. Um insignificante”, reagiu o presidente da APLB..
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Em matéria divulgada pelo JORNAL DA MÍDIA, o deputado Rosemberg Pinto afirmou que o PSTU e PSOL não têm nenhum interesse em resolver o problema da greve “por causa da disputa política com o governador Jaques Wagner”.
“Os professores estão sendo utilizados para o debate político e sua entidade sindical, a APLB, não mais representa a categoria”, afirmou Rosemberg.
As declarações de Rosemberg irritaram ainda mais os professores. Rui Oliveira, ao atender o JORNAL DA MÍDIA, demonstrava indignação com as declarações de Rosemberg e evitou fazer maiores comentários, depois de classificar o petista de inexpressivo e insignificante.
“A greve continua. Estou em reunião da diretoria da APLB e não posso falar mais”, justificou.
Rosemberg Pinto, funcionário de carreira da Petrobras, dizem, teria ligações com a concessionária paulista TWB, que explora o sistema ferryboat. Coincidência ou não, em uma audiência pública na Assembleia Legislativa, ano passado, ele apareceu dando entrevista defendendo a empresa paulista, acusada de dilapidar o patrimônio público, com o sucateamento da frota do sistema ferryboat, e de prestar péssimos serviços aos usuários.
Apesar do mesmo sobrenome Pinto, Rosembeg não tem nenhum grau de parentesco com Reinaldo Pinto dos Santos, dono da TWB, segundo apurou o JORNAL DA MÍDIA.
A TWB foi motivo de um auditoria em suas contas, feita pela consultoria Fipecafi, de São Paulo, contratada pela Agerba. A TWB, que tem ligações terceirizadas com a Petrobras, foi apontada pela Fipecafi de não ter investido absolutamente nada na melhoria do sistema ferryboat, apesar de o contrato de concessão exigir aplicações de R$ 100 milhões.
A Fipecafi apontou que a empresa precisa desembolsar R$ 36 milhões em 30 dias para compensar o ”rombo” que causou na Bahia. O relatório da Fipecafi foi divulgado há 21 dias e a TWB até agora não se pronunciou. E a Agerba nada informou mais sobre o prazo de 30 dias concedido, que está chegando ao final.
A TWB veio para a Bahia em 2005, no governo de Paulo Souto, mas foi no governo Wagner, a partir de 2007, que ganhou mais força e se notabilizou graças, segundo informações, ao tráfico de influência utilizado por seus diretores na esfera governamental.