LUÍS AUGUSTO GOMES
O presidente do PT, Jonas Paulo, é uma dessas figuras que atraem a atenção quando passam na Assembleia Legislativa, geralmente reunindo em torno de sua mesa, no restaurante, pessoas de variados patamares – parlamentares, lideranças, assessores, jornalistas – embevecidas com seu discurso generoso e suas teses otimistas.
Indagado sobre o quadro eleitoral em Salvador, desdenhou as dificuldades que representam para Nelson Pelegrino as candidaturas de aliados diversos, como PP, PCdoB, PRB, e a indefinição em outros, a exemplo de PSB e PDT. Ele anuncia “uma grande frente de centro-esquerda para ganhar”, e arrisca: “Talvez mais ampla que a estadual”.
Jonas insiste na tese de que “em Salvador haverá uma disputa de projetos, uma disputa nacional”, e que se a “esquerda” quiser competir sozinha ou sem aliados, “vai ser derrotada novamente”. Por isso, trabalha na arregimentação de aliados e garantiu que “passa do número do PT” (13) a quantidade de legendas “que não antes estavam na base” com as quais tem conversando “com consistência”.
Conversa de Eduardo Campos é com Lula – Respostas de Jonas sobre as relações pré-eleitorais com diversos partidos:
Preocupa a possibilidade de o PDT ter candidato?
“Com o PDT é só alegria. Temos tido ótimas conversas”.
O PR já fechou com vocês?
“Os fechamentos nunca se deram antes da fogueira de São João”.
Vai ser difícil atrair o PP?
“O PT reconhece que o PP tem direito e legitimidade para postular um espaço no primeiro turno para defender os oito anos do prefeito João Henrique. Se vai lançar ou não, não sei”.
O governador Eduardo Campos vai aceitar que a senadora Lídice não seja candidata?
“Eduardo acerta esse jogo diretamente com Lula”.
Questão de “estrutura” – O presidente do PT fez uma importante consideração final: “Campanha na capital é excessivamente cara, requer estrutura e planejamento, e as que têm maior possibilidade são as que se preparam com antecedência”. (Por Escrito)