LUÍS AUGUSTO GOMES
Uma crise foi gerada no governismo municipal em Itabuna com a aliança entre o DEM e o PMDB, após negociação feita diretamente entre o prefeito Capitão Azevedo e Geddel Vieira Lima, resultando na escolha do ex-deputado Renato Costa para vice na chapa de Azevedo à reeleição.
O PSDB desejava indicar seu presidente, o empresário José Adervan, que ficou contrariado ao ser preterido e procura entendimento com o PCdoB, PDT e PRB, que têm, isoladamente, seus candidatos, mas com o compromisso de estar juntos no processo sucessório.
No PDT, o nome é Acácia Pinho, que era vice na chapa do então deputado Fábio Santana (PMDB), em 2008. Fábio recuou, rompendo com Geddel para apoiar Juçara Feitosa, do PT, que viria a ser derrotada.
Os outros dois candidatos do grupo são o vereador Vane do Renascer, que trocou o PT pelo PRB, e o vereador Wenceslau (PCdoB). É difícil para Adervan ser o vice numa composição com um deles – seu “lucro” seria prejudicar, em medida não estimada, a chapa de Azevedo.
Prefeito Azevedo saiu fragilizado, diz deputado – A convenção do PSDB, na qual será tomada a decisão final, está prevista para o dias 29 ou 30, portanto no fim do prazo para definição das candidaturas. Até lá, o deputado Augusto Castro tentará “administrar a questão no partido”, embora diga que “Azevedo ficou fragilizado ao agir de forma isolada”.
O deputado disse que sempre foi contra uma candidatura própria dos tucanos, que seria a do arquiteto Ronald Kalid, por julgá-la “sem densidade” e entender que “a oposição [estadual] precisa caminhar unida contra o PT”.
Augusto reconhece que no meio político havia a expectativa de aliança do prefeito com o PMDB, incluindo a indicação do vice, pois “Geddel esteve lá e conversou com ele”. Entretanto, na última quinta-feira, aconteceu uma “precipitação”: “Azevedo esteve em Salvador e bateu o martelo com Geddel”. (Por Escrito)