LUÍS AUGUSTO GOMES
A Prefeitura autua uma oficina de quintal na Boca do Rio e logo cuida de enviar a “notícia” à imprensa para demonstrar como está “trabalhando”. No oceano de irregularidades que é Salvador, pega um pobre coitado num biango de periferia para exercer sua “autoridade”, como se fosse esse o grande problema da cidade.
Fechar um estabelecimento daqueles “por falta de alvará” significa tirar o dinheiro da pobreza, que serviria para comprar comida, enquanto os recursos dos impostos, taxas e emolumentos são violentados no pagamento de propaganda mentirosa que – não tenham dúvida – enriquece muita gente.
A filosofia de governo de uma cidade de quase três milhões de habitantes, quase todos pobres, deve visar o beneficio da população, não os grandes empreendedores imobiliários, que hoje dispõem livremente da orla marítima para multiplicar seu capital e deixar os problemas de trânsito, água e energia parta quem queira assumir depois do dilúvio. (Por Escrito)