Ao menos 96 soldados morreram e 300 ficaram feridos nesta segunda-feira em Sanaa em um atentado suicida contra uma unidade militar que ensaiava um desfile, indicaram fontes militares e médicas. O balanço anterior informava sobre 50 mortos e dezenas de feridos no atentado cometido por um camicase, que detonou seus explosivos em meio às tropas que ensaiavam, na praça Sabiin, o desfile comemorativo pelo 22º aniversário da unificação do Iêmen.
As vítimas foram transportadas a sete hospitais da capital, segundo fontes médicas. A explosão foi tão potente que deixou uma cratera na praça.
O ministro da Defesa, Mohammed Nasser Ahmad, e o chefe do Estado-Maior, Ali al Ashual, que estavam na praça no momento da explosão, saíram ilesos do ataque, anunciou o Ministério da Defesa em comunicado. Vários membros das forças da ordem que presenciaram o ataque disseram que um suicida, disfarçado de policial, detonou um cinto de explosivos encostado a seu corpo no meio de um grupo de soldados da Segurança Central, quando acabavam os ensaios para o desfile.
A polícia cercou os acessos à região, onde ainda restam restos humanos espalhados pelo chão e há uma grande mancha negra de cinza. Um oficial da polícia, general Hamid Besher, disse que as primeiras investigações indicam que o grupo terrorista Al Qaeda esteja por trás do atentado, que leva o selo da organização.
O atentado não havia sido reivindicado até o momento, mas ocorreu no décimo dia de uma grande ofensiva do exército contra a Al Qaeda no sul do país, que desde seu início, no dia 12 de maio, matou 230 pessoas, a maioria combatentes da rede islâmica. (Veja)