LUÍS AUGUSTO GOMES
A simples menção de seu nome inspirava terror nos anos 60, quando ele se tornou conhecido como chefe do esquadrão da morte na Bahia: o ex-comissário de polícia Manoel Chaves Quadros morreu anonimamente, aos 90 anos, e foi sepultado ontem no Jardim da Saudade.
Os crimes de Quadros e da queadrilha que chefiava foram revelados no início da década de 70. Bandidos e desafetos, indiscriminadamente, eram mortos e enterrados às margens da Avenida Paralela, recém-inaugurada, cortando uma área na época inteiramente deserta da cidade e ainda sem iluminação.
Condenando em diversos processos, o comissário fugiu, levou muitos anos desaparecido, e não se sabe em que circunstâncias jurídicas voltou a viver em Salvador, não sendo molestado pelo seu passado. Voltaria à lembrança em janeiro de 2010, quando o filho, Carlos Quadros, que o acompanhava nas ações criminosas, foi morto por assaltantes. (Por Escrito)