LUÍS AUGUSTO GOMES
Exceto na hipótese de ter sido um tiro n’água e eventualmente vier a ser comprovada a inocência dos indiciados, a ação da Polícia Civil, identificando e prendendo os responsáveis pela morte de Paulo Colombiano e Catarina Galindo, é um dos fatos mais positivos para a cidadania que poderiam ter ocorrido no Estado.
Há muito o que se louvar nesse acontecimento, a começar pelo trabalho técnico desenvolvido e pela pertinácia na sua realização, sem esquecer, se não a tranquilidade, pelo menos o conforto transmitido à sociedade, que se sente um pouco mais segura na medida em que potenciais criminosos têm consciência de que a impunidade não será um dado certo nos seus projetos.
Mas o que de mais expressivo se pode tirar do episódio é a resposta que o governo do Estado dá aos seus cidadãos com relação a um suposto desinteresse na investigação – tese que, na época, circulou nos bastidores –, pelo temor, ou certeza, de que o puxar de fio nessa meada resultasse num desastre dentro de sua base política, haja vista a disputa sindical entre partidos aliados. (Por Escrito)