Apesar da troca de comando na Delta, a Controladoria Geral da União (CGU) informou nesta quarta-feira que, a princípio, a decisão não terá efeito sobre o processo aberto para declarar a empresa inidônea. A CGU decidirá até o final de junho se a empreiteira poderá ou não fechar novos contratos com o governo federal.
A oposição quer que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, vá ao Congresso explicar se o banco público pretende financiar a compra da Delta pela holding J&F. O BNDES tem participação acionária na JBS, a principal empresa da holding.
Por meio de sua assessoria, a Controladoria Geral da República informou que as consequências da venda da Delta são incertas. “Há que se aguardar a forma da anunciada transação para se ter uma avaliação mais completa de suas consequências jurídicas”, informou em nota.
O processo de inidoneidade está fundamentado na Operação Mão Dupla da PF, que identificou a prática de tráfico de influência e corrupção de servidores públicos em contratos firmados com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará. Outros indícios de práticas similares em outros estados também integram o processo, como O GLOBO revelou ontem. (O Globo)