Diante das suspeitas sobre sua relação com Fernando Cavendish, controlador da Delta, um dos focos da CPI do Cachoeira, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), traçou uma estratégia baseada na inexistência – pelo menos por ora – de indícios que o envolvam no escândalo.
“Zero, zero risco de haver uma conversa minha tratando de assuntos públicos com o Fernando”, disse o governador a interlocutores do PMDB, no fim de semana. Dois pontos sustentam a tática de Cabral: não foram encontrados grampos da Operação Monte Carlo nos quais o peemedebista apareça beneficiando Cavendish.
E segundo a versão do governador, eles só costumam abordar assuntos privados, sem tocar em interesses públicos. A Delta tem, com o Estado do Rio, contratos de obras que somam R$ 1,49 bilhão.
Cabral tem deplorado, contudo, o que chama de “exposição de famílias” – segundo ele, iniciado com a divulgação de fotos de casais que o acompanhavam em viagens ao exterior pelo blog do ex-governador e deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). (Wilson Tosta, Estadão.com.br)