Após os recados do PMDB e do PSDB, que teriam manifestado insatisfação com a postura do DEM, que colocou na rua a pré-candidatura do deputado federal ACM Neto, o democrata amenizou o discurso em relação a uma possível individualidade e reiterou que o caminho permanece aberto para a unidade da oposição na capital baiana.
Em matéria de Lilian Machado na Tribuna deste sábado (28), o deputado negou que o partido esteja pressionando o PSDB a apoiá-lo e minimizou uma suposta influência da conjuntura nacional dos partidos no pleito da capital baiana. Neto descartou os rumores de que os democratas estariam cobrando apoio ao PSDB, como forma de retribuição, referente à aliança firmada nas últimas eleições.
A cúpula do DEM teria colocado o PSDB contra a parede por causa do apoio concedido nos cinco dos últimos seis pleitos. “De forma alguma existe isso. Cada partido é independente, autônomo de acordo com os seus princípios, ideias e militâncias. Não existe pressão”, frisou.
Segundo ele, o ideal é que não exista interferência nacional no cenário municipal. “Nem para trocas de apoio entre cidades, nem para impedir que um partido que faça parte da base nacional possa apoiar um candidato da oposição em Salvador”, disse, se referindo claramente ao PMDB que compõe a aliança da presidente Dilma Rousseff (PT) e em solo baiano é adversário do governo Jaques Wagner (PT).
“É preciso avançar e formular critérios restritamente municipais para ver qual candidato reúne maiores condições”, afirmou. O parlamentar disse que ainda existem diálogos com o PMDB e o PSDB. “Estivemos conversando essa semana em Brasília. Não foram conversas coletivas, mas com líderes do PSDB e do PMDB. As conversas estão existindo”, enfatizou.
O deputado defendeu que o encontro não fechou as portas para que ocorra articulação entre as siglas. “Estamos mantendo o canal aberto e isso eu deixei claro no encontro. Eu disse que estava dando um passo, mas que não me furtaria a conversar com os parceiros”, insistiu. Embora, nos bastidores, os rumores sejam de divergências, segundo ele, de sua parte, ainda há chance de unidade.