Cláudio Humberto
Ninguém assume publicamente, mas ontem o arrependimento era perceptível, no Congresso, sobre a criação da CPI do Cachoeira. Políticos de governo e oposição, que na véspera não quiseram pagar o preço de não apoiar a CPI, ontem consideravam seu objeto “genérico demais” para cumprir os objetivos. No começo da noite, o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), e o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), tentavam encontrar uma “solução” para o problema.
Alternativa – Eduardo Braga e Álvaro Dias pareciam tentar convencer um ao outro a buscar alternativa à da CPI do Cachoeira, decisão politicamente difícil.
Que CPI? – Uma opção seria compor a CPI do Cachoeira com parlamentares do baixo clero, de propósito, para fazê-la perder o interesse.
Formato definido – Na hipótese mais provável de criação da CPI mista do Cachoeira, seu presidente será um senador do PMDB e o relator um deputado do PT.
Quem tem medo – Deputados e senadores do governo e da oposição criticavam a CPI, em “off”, e murmuravam em uníssono: “Vai dar merda…”
Democracia animal – A CPI do Cachoeira deveria se chamar “Para Todos”, a origem do jogo do bicho. Aliás, ontem deu 6, cabra, nos blogs “especializados”.
Força na peruca – Lula se disse “de cabelo em pé” com o escândalo Cachoeira. Ué, ele não está careca? (Coluna de Cláudio Humberto)strong