Luís Augusto Gomes
Chamou a atenção frase do governador Jaques Wagner, hoje, no programa de Raimundo Varela, na TV Itapoan: “Não tenho nada pessoalmente contra a figura de Prisco”, ao comentar a resistência jurídica do governo à reintegração do ex-soldado Marcos Prisco à PM, determinada pela Justiça.
O governador procura contestar, sem que nada lhe tenha sido perguntado especificamente no programa, uma informação que circula no meio político há muito tempo e que chegou a ser tocada levemente em blgos e sites: entre ambos se instalou uma questão pessoal.
Prisco, liderança dos PMs na greve de 2001, pela qual foi expurgado, era aliado fechado do deputado Wagner na sua trajetória para o governo do Estado. Teria sido seu o contracheque mostrado na TV na campanha eleitoral de 2006.
Resistência à reintegração é de bem antes da greve – O governador disse que recorreu da decisão, através da Procuradoria Geral do Estado, porque não pode “concordar com a intimidação” e porque “o direito de reivindicação não é maior do que o de ir e vir das pessoas”.
Era uma referência ao bloqueio da BR-116 ordenado por Prisco durante a greve da PM, em conversa telefônica com um militante, grampeada e exibida pelo Jornal Nacional, o que acabou precipitando o fim do movimento.
Entretanto, a relutância de Wagner em reincorporar vem de seu primeiro governo, quando a Justiça expediu a sentença. (Por Escrito)