O governador Jaques Wagner não esquece a grave da Polícia Militar, que durou 12 dias e que fez um estrago na Bahia. Neste domingo (1º) o jornal Folha de São Paulo publicou artigo assinado por Wagner na página de Opinião e Debates, em que ele avalia o recente desfecho do movimento como uma vitória da democracia.
O governador diz, em seu artigo, que “nesse episódio, uma questão fundamental de referência era o significado nacional do movimento. O ponto essencial encontrava-se na forma como a greve seria enfrentada. Se fora dos preceitos democráticos, tendência a acender o estopim da revolta. Caso contrário, como ocorreu, dissuadiria movimentos similares como o que estava para eclodir no Rio de Janeiro. O revés da greve na Bahia protegeu o Brasil dos excessos de um corporativismo que afronta aos interesses coletivos”.
O governador Wagner pondera que “os brasileiros buscam uma vida segura e elegeu governos democráticos para participar, não para minar a sua autoridade”. Ao concluir, Wagner afirma que “não existe respeito ao direito de greve, de um lado, e respeito pela democracia, do outro. Existe, sim, uma coincidência entre direito de greve e democracia. É por isso que existem greves legais e greves inconstitucionais. Esse limite é o que assegura o estado democrático. É a única garantia de respeito à Constituição pelos governantes, da liberdade para a sociedade e segurança do cidadão”.