O secretário de Infraestrutura e vice-governador da Bahia, Otto Alencar, afirmou que espera ”sentar”, dentro de 30 ou 40 dias com os donos da concessionária paulista TWB, para ”resolver” a questão do contrato que a companhia tem com o Estado, previsto para durar 25 anos. Como já foi amplamente divulgado pelo JORNAL DA MÍDIA, um relatório da consultoria Fipecafi, de São Paulo, identificou uma série de irregularidades praticadas pela TWB, inclusive na integralização do capital de R$ 6 milhões.
A Fipecafi foi contratada por R$ 700 mil pela Agerba para fazer uma espécie de ”auditagem” na empresa paulista das três letrinhas, tida pela imprensa e pela opinião público como a pior prestadora de serviço da Bahia.
“Já pesquisamos no Brasil e até no exterior uma solução, mas não é fácil”, observou Alencar sobre a busca que o governo andou fazendo para encontrar uma empresa para o lugar da TWB. Ou até mesmo um sócio para a concessionária, segundo ele confirmou. A entrevista do médico ortopedista e secretário da Seinfra foi ao programa de Casemiro Neto, na TV Aratu.
O secretário sempre encontra um jeitinho de descobrir uma desculpa para o governo, sempre apontado como omisso quando o assunto é o ferryboat da TWB. Realmente, é uma missão impossível que passaram para o secretário!
Há um mês, quando o JM divulgou que o governo tinha saído atrás de uma empresa espanhola para colocar no lugar da TWB ou mesmo se associar à empresa das três letrinhas, Otto Alencar desmentiu a informação através de blogs políticos conhecidos como chapa branca. O jornal A Tarde também tinha divulgado a mesma informação do JM, em nota publicada na coluna Tempo Presente e atribuída a Otto Alencar.
Desta vez pelo menos o vídeo com as declarações do secretário está postado no YouTube (confira acima). Otto Alencar disse que agora ”envolveu a Agerba no processo da TWB”, mas sustentou que tudo que está acontecendo na relação contratual da empresa com o Estado é do conhecimento do Ministério Público da Bahia, mais precisamente da promotora Rita Tourinho.
A Agerba é a agência de regulação da Bahia responsável pela fiscalização do contrato, mas pelo visto somente agora tem alguma participação no acompanhamento do caso TWB.
“Mas não é fácil se resolver isso”, considerou Alencar sobre o desgosto da população pelos péssimos serviços prestados pela TWB. E disse mais: “Quem tiver uma solução, que me apresente”.